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A Vila de Monchique

Situada num desfiladeiro entre os picos da Foia e da Picota, a pitoresca vila de Monchique é o ponto de partida ideal para iniciar uma visita a um território que mostra um Algarve ainda quase intocado. 

 

A história das origens de Monchique remonta à presença dos romanos nas Caldas de Monchique, que consideravam as suas águas sagradas, mas os primeiros sinais de ocupação do território são muito mais antigos. A grandeza do território da Serra de Monchique também não passou despercebida aos muçulmanos, que lhe chamavam “Montanha Sagrada” (Munt Šāqir).

Nos séculos seguintes, a serra foi ficando mais povoada, até que no século XVIII (após uma tentativa falhada no século XVI) a povoação de Monchique já tinha dimensão para ser elevada a vila e foi desanexada de Silves. Hoje, Monchique é uma vila graciosa, com uma arquitetura distinta e uma produção artesanal que testemunha a riqueza da serra, assim como a tradição dos ofícios que aqui se desenvolveram.

Por entre as suas ruas íngremes e estreitas, contempla-se um vasto casario branco com as típicas chaminés de saia, muito diferentes das chaminés do litoral algarvio. Ao contrário daquelas, a base das chaminés de saia costuma ser da largura da cozinha, pois era aqui nesta zona da casa que as famílias, antigamente, permaneciam mais tempo. O fogo feito por debaixo das chaminés servia como lareira para aquecimento, fogão de cozinha e ainda como fumeiro para curar os enchidos tão típicos desta área do Algarve.

No centro da vila, desfruta-se de uma magnífica vista a partir do Miradouro de São Sebastião, de onde é possível avistar toda a área urbana da vila de Monchique. A vila tem ainda como pontos de interesse a Igreja Matriz de Monchique, que terá sido construída em finais do século XV ou em inícios do século XVI, e o Convento de Nossa Senhora do Desterro, mosteiro franciscano cuja fundação data de 1631.

Na vila há também várias lojas de artesanato tradicional para visitar, onde se vende desde tapeçaria, a cerâmica e cestaria em vime e verga, produtos que são verdadeiros cartões-de-visita deste território serrano. Contudo, uma das peças mais características do artesanato local é a cadeira de tesoura, uma suposta herança romana que ainda hoje ali é fabricada, embora com alterações ao modelo secular, para tornar o assento das cadeiras mais confortável.

A vila tem também um Parque Urbano que se desenvolve ao longo de uma ribeira resultante de um vale rodeado de vegetação e onde se pode fazer de um passeio pelos caminhos pedestres existentes. Para quem optar por descansar, o complexo está equipado com bancos de jardim e de merendas.

 

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